quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vieira do Minho: SAP atendia número de urgências "muito reduzido" .

O secretário de Estado da Saúde reiterou hoje no parlamento que a manutenção do Serviço de Atendimento Permanente de Vieira do Minho durante a noite não se justifica, porque os casos urgentes eram "muito reduzidos".
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, foi hoje à comissão parlamentar de Saúde prestar esclarecimentos sobre o encerramento, em novembro, do serviço noturno do Serviço de Atendimento Permanente de Vieira do Minho, num momento em que a autarquia teme que as funções do SAP possam "ser alteradas", fechando também no período diurno.
Manuel Pizarro salientou que, em alternativa ao atendimento urgente durante a noite, os utentes de Vieira do Minho passaram a ter à disposição, desde fevereiro de 2008, uma ambulância do INEM, além de uma outra dos bombeiros, para transporte de casos urgentes para o hospital de Braga.
De acordo com o governante, durante o mês de novembro foram 90 os utentes transportados pelas duas ambulâncias de Vieira do Minho para o hospital de Braga por serem casos urgentes, um número que considerou "muito reduzido".
"Tenho a certeza que, do ponto de vista técnico, não faz sentido a existência de atendimento noturno nos centros de saúde fora da rede de urgências", considerou.
Ainda segundo o governante, em novembro último foram efetuados, durante o período noturno, sete transportes às urgências de Braga pelo INEM e outros cinco pelos bombeiros.
"Os dados de dezembro revelam que até dia 10 apenas uma pessoa utilizou o transporte dos bombeiros por ser um caso urgente", destacou, salientando que sem as urgências à noite libertam-se "horas de trabalho de profissionais que atendiam casos escassos durante a noite e que depois estavam indisponíveis durante o dia".
Depois de acusado pelo deputado do PCP Agostinho Lopes de "fraude por reiterado incumprimento de promessas eleitorais" quanto à construção de centros de saúde e de hospitais anunciados antes das eleições, Manuel Pizarro salientou que "nunca em Portugal houve em dado momento tantos hospitais em construção ao mesmo tempo", todos eles, "à exceção do de Loures, hospitais de substituição".
Manuel Pizarro destacou que os projetos dos hospitais de Fafe e de Barcelos estão em curso "com uma escassa derrapagem" e deverão estar concluídos "dentro de nove meses".
"Há duas exceções: O centro de Saúde de terras do Bouro e o centro de saúde das Taipas Neste último há atrasos da nossa responsabilidade, mas esperamos ter o caso resolvido em 2011", realçou, salientando que todas as obras anunciadas "estão atualmente todas em curso em variados estados de obra".

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