sábado, 12 de fevereiro de 2011

Armazém em chamas ameaçou habitações

Armazém em chamas ameaçou habitações
Um armazém usado para lacagem de móveis foi esta quarta-feira totalmente consumido pelas chamas, que ameaçaram habitações, em Alfena, Valongo. No interior, estavam diluentes, tintas e garrafas de gás, que explodiram, obrigando à intervenção de 60 bombeiros e 11 viaturas.
O armazém quase já não era usado para lacagem. A actividade estava parada e os trabalhadores no desemprego. O filho do proprietário ficou sem os dois carros que ali se encontravam. E a casa de outra filha foi ameaçada pelo fogo, que começou cerca das 20.40 horas. Porém, as habitações contíguas apenas foram chamuscadas pelas chamas.
Num cenário negro, estavam 60 membros de quatro corporações e com 11 carros estacionados no local, dos Bombeiros da Areosa, Valongo, Ermesinde e Tirsense. Aos bombeiros que foram chamados ao local, outros foram juntando-se ao longo da noite para ajudar. À volta, estavam familiares do dono, amigos, vizinhos e outros populares que correram para o local para ver o incêndio.
"Isto é um armazém onde fazem lacagem de móveis" e que, por isso, precisa de "gás, diluentes e tintas", explicou, ao JN, o comandante dos Bombeiros de Ermesinde, Carlos Teixeira. A primeira preocupação, garantiu, foi retirar as garrafas de gás do armazém. Mas "algumas rebentaram". Conseguiram retirar "três grandes de 45 quilos e mais de uma dezena das mais pequenas".
Quando chegou ao local, o comandante já encontrou tudo em chamas. E as garrafas continuavam a explodir. Demoraram cerca de uma hora a controlar o incêndio mas a casa ao lado apenas ficou manchada de negro na lateral que fica junto ao armazém. Na habitação seguinte, a noite também foi de grande susto e o cheiro a fumo continuava a alastrar horas depois. Os moradores esperaram na rua.
Com o armazém arderam um jipe e uma carrinha do filho do proprietário do armazém. Paulo Carvalho, de 38 anos, contou ao JN que "estava a cinco quilómetros" do local quando foi avisado.
"Pode ter sido curto-circuito", sugeriu, explicando que o espaço já só funcionava "uma vez por semana" devido ao "pouco trabalho". E não estava a funcionar no momento do incêndio, disse. Paulo deixou de trabalhar ali há oito anos. E conta que os funcionários estão no desemprego.
A irmã, explicou Paulo, mora na casa ao lado. Feliz por não haver feridos, tem a lamentar o jipe e a carrinha que ali tinha guardados. Esta ia ser pintada. O pai estava no local mas sem condições para falar. Por volta das 23 horas, as causas do fogo estavam ainda por apurar, segundo o comandante dos Bombeiros de Ermesinde.

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