segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fumo no mosteiro de Santa Clara provocou pânico na população.


O fumo que saiu esta manhã do abandonado Mosteiro de Santa Clara em Vila do Conde provocou o pânico na população, que temeu um incêndio e chamou os bombeiros ao local.
Mas tudo não passou de um susto, uma vez que o imóvel abandonado "está a ser ocupado por grupos de delinquentes que, entre outras coisas, fazem pequenas fogueiras e queimam fios de cobre" no interior, explicou à agência Lusa o vereador da Protecção Civil da autarquia, António Caetano.
O monumento está localizado no centro da cidade de Vila do Conde e em cima de um monte, onde há uma grande densidade populacional e se houvesse um incêndio ou uma derrocada "iria ser catastrófico", admitiu António Caetano.
O Mosteiro de Santa Clara está fechado há mais de quatro anos e o presidente da autarquia tem alertado para a degradação do espaço, onde já há "muitas infiltrações de água e paredes de granito em ruína, o que põe em risco a segurança das pessoas".
O que se passou hoje vem "confirmar a necessidade urgente de o Governo cumprir a promessa de transformar aquele espaço numa pousada da Enatur", integrada na rede de Pousadas de Portugal, sublinhou António Caetano.
Em 2002, foi assinada a conversão do mosteiro (que então era um centro educativo para menores delinquentes) em pousada através de um protocolo assinado entre os ministérios da Justiça e do Ordenamento do Território e da Administração local.Na altura, a autarquia comprometia-se a elaborar o protejo do novo centro educativo de forma a deixar o mosteiro livre para que o Estado o transformar em pousada.
Em Setembro de 2008, o Turismo de Portugal e o Grupo Pestana (proprietário da rede das Pousadas de Portugal) firmaram um contrato com vista à transformação do imóvel em pousada. O centro educativo foi inaugurado em 2010.
António Caetano, que este domingo acompanhou o trabalho dos bombeiros no interior do edifício, disse ainda à Lusa estar "chocado com a quantidade de processos judiciais e documentação" que viu espalhados por toda a parte. É que, e por motivo de obras, o mosteiro acolheu, durante vários meses, o Tribunal de Vila do Conde.
António Caetano sublinhou também que, e com todos estes problemas, "há mesmo a possibilidade de o edifício desmoronar".
Assim, a Câmara Municipal garante que vai continuar "a pressionar" o Governo para que inicie o processo de transformação daquele monumento em Pousada de Portugal.

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